sábado, 28 de maio de 2011

De volta ao que interessa

Depois de uma pausa vergonhosa, estou de volta à minha rehab alimentar. Esse tempo sem postar fez toda a diferença. Carrego o peso extra de ter abandonado o blog por alguns meses, e esse peso não é só na consciência. É que eu ganhei alguns quilinhos durante esse tempo. Quilinhos? Cheguei no meu auge. Nunca estive mais fora de forma e mais sedentário! Sou um case de sucesso para o corpo perdido do dia. Não que tenha sido uma grande perda, mas a vergonha é grande: “Oi, meu nome é Marcelo, tenho um blog de dietas (dieta não, reeducação alimentar!) e sou gordo”. Não combina, né? Blog bom de dieta é blog de ex-gordinho! Peço desculpas à você que depende do blog para se manter na linha. Primeiro, pobre de você! Não sou o melhor exemplo de dedicação e disciplina quando o assunto é alimentação. Mas se você quiser companhia prar rir de desespero, tamo junto!

Essa semana, resolvi começar pelo óbvio. Voltei do trabalho à pé pra casa. Não que fosse um grande trajeto. Mas aqueles 20 minutos me fizeram repensar muita coisa da minha vida. Cheguei em casa parecendo que tinha rebocado um caminhão com os dentes até ali. Não estou falando só de cansaço e suor. Uh, delícia! Estou falando de tontura e tremedeira. Sabe aquela sensação gostosa do pré-desmaio? Visão turva, moleza, impressão de que a morte deu um passo na sua direção. Curti essa vibe por algum tempo, não porque estava bom, mas porque eu não tinha forçar pra rastejar até a cozinha pra caçar alguma coisa pra comer. Sobrevivi. No dia seguinte, repeti a aventura de caminhar pelo mesmo trajeto e dessa vez nem morri muito. Talvez estivesse distraído pelo vento frio que cortava a minha cara. Meus esforços estavam concentrados em manter minha temperatura corporal e batimentos cardíacos. Sobrevivi.

A ideia é, aos poucos, ir aumentando o percurso e tirar aquela obrigação de ter um horário/situação ideal para fazer atividade física. Caminhar sem rumo nunca foi muito a minha cara. Andar numa esteira, também não, muito obrigado! O dia que eu acordar morrendo de vontade de me sentir um hamster, vou me lembrar da sugestão.

E respondendo aos pedidos de casamento nos comentários, a minha resposta é não. Desculpa, mas isso é contra os meus princípios. Todo mundo sabe que casamento engorda.